A participação das mulheres no mercado de TI

Por onde começa a distinção no mercado TI?

O discernimento entre as escolhas de profissões já tem um começo logo na infância. A sociedade acaba impondo que existem escolhas para profissionalização para meninos e meninas.

Algo bem retrógrado e desnecessário. Meninos são levados para o lado mais tecnológico, enquanto para as meninas é dito que elas devem brincar de bonecas.

E isso realmente influência?

Vamos passar a resposta para Bárbara Castro, doutorada em Sociologia especializada em relações e trabalho no setor de tecnologia:

Desde cedo, as pessoas ‘aprendem’ que existem habilidades mais qualificadas como femininas e outras como masculinas, e isso se traduz na escolha profissional. As mulheres se concentram no mercado de trabalho e nas fileiras universitárias nas carreiras relativas às áreas do cuidado, como de educação, saúde e comunicação.Quero argumentar, com isso, que uma série de processos e elementos confluem para explicarmos a grande diferença numérica existente entre homens e mulheres no setor. A associação da área tecnológica e de exatas como o universo masculino, processo histórico e socialmente construído, é reproduzida e incorporada pelos indivíduos nos processos  de socialização escolar e familiar. Além disso, o reconhecimento da TI como área dinamizadora da economia mundial conferiu a ela prestígio e poder, atraindo os antes desinteressados homens a um campo profissional de reconhecida relevância.

Geralmente as mulheres começam a ter acesso à tecnologia da informação quando há um interesse próprio, busca para ter uma bagagem em que as podem levar a uma melhor vida profissional na área.

Apenas 20% do mercado de TI são ocupados por mulheres, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

São mais de 580 mil funcionários no meio e as mulheres representam um número muito inferior. O percentual mostra-se baixo e alguns ainda dizem que é por falta de interesse das mulheres.

A realidade é mais diferente do que o pensamento acima. Ainda existe, infelizmente, um enorme preconceito em cima do sexo feminino.

Por ser uma área predominada por homens, muitas vezes as mulheres são vistas como incapacitadas ou sem condições de acompanhar o curso de computação até o fim.

Muitas estudantes são desencorajadas por colegas e professores a continuar a faculdade ou curso de formação. O ambiente influência totalmente para que haja a desistência.

Em sua tese de doutorado, Bárbara Castro dá ênfase ao preconceito sofrido por estudantes do sexo feminino:

Nos relatos que eu ouvi para minha tese de doutorado, as meninas reclamavam, também, do preconceito dentro da universidade. Professores e colegas duvidavam da capacidade que elas tinham de resolver questões técnicas. Muitas acabam desistindo no processo de formação e vão para outras áreas.

Até em grandes e reconhecidas empresas, o número em porcentagem, de participação feminina é sempre inferior:

Google — 30%

Facebook — 31%

Apple — 30%

Twitter — 30%

Yahoo! — 37%

eBay — 42%

Linkedin39%

Existem exceções, que ainda são poucas e sempre as mesmas citadas em matérias sobre mulheres na área de TI, como exemplos:

Marissa Mayer – cientista da computação que ocupou cargos de estratégicas de liderança no Google e atualmente é CEO do Yahoo! Ginni Rometty, CEO da IBM.

Sheryl Sandberg- COO do Facebook

As duas são consideradas umas das executivas mais poderosas no Vale do Silício

Derrubar obstáculos e lutar: mercado TI

Precisamos ver mais mulheres graduando em cursos de tecnologia e termos mais profissionais capacitadas para o cargo de TI. (já citamos em nosso blog dicas para profissional da área)

Toda mulher que deseja entrar nessa área tem o seu potencial. E em como muitos cursos, é preciso estudar, ter força de vontade, aprender sobre tecnologias, dominar outros idiomas é um diferencial e muita determinação.

Vamos sempre lutar por direitos iguais.

A porta está aberta para todas as mulheres. E não pretendemos fechá-la.

Alex Medeiros

Alex Medeiros

Apaixonado por comunicação e marketing digital, criatividade e inovação. CMO na Configr e mestrando na FCSH.

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